quinta-feira, 7 de abril de 2011

Relações Interpessoais

Os relacionamentos interpessoais acontecem em diversas esferas e indubitavelmente são alguns dos mais imprevisíveis da natureza. As relações entre animais menos desenvolvidos intelectualmente são essencialmente regidas pelo instinto, uma manifestação natural das necessidades biológicas.

O homem, no entanto, é uma das únicas criaturas conscientes de seus instintos irracionais e capaz de sobrepujá-los, podendo fazer escolhas dando preferência a outros aspectos da consciência. Isso amplia exponencialmente a complexidade das relações humanas, uma vez que somos dotados de uma imensurável diversidade emocional. As circunstâncias que motivam a interação humana são variadas, porém, por unanimidade, é sempre estabelecida uma relação de troca.



Seja amistoso, afetivo ou profissional, qualquer relacionamento envolve expectativas, responsabilidades, decepções, vantagens, enfim, apenas o fato de envolver ao menos duas pessoas já faz desse envolvimento algo excepcional. Ter de conviver e eventualmente depender de outro indivíduo pode não ser confortável para muitos, não é raro encontrar pessoas que escolhem a solidão por ter outras prioridades.

Isso, porém, apenas acontece em relações onde não há coerência, onde há desigualdade em benefícios e malefícios. Há uma palavra que determina o sucesso de qualquer relacionamento, um elemento sem o qual duas pessoas jamais poderiam conviver adequadamente: cooperação.

Numa relação cooperativa, ambos os lados saem satisfeitos. É o formato ideal e almejado por todos, porém exige pessoas 
empáticas e maduras o suficiente para entender que nem sempre será feita apenas a sua própria vontade, que há-de haver a busca pelo consenso. Quando há negociações produtivas, as soluções acordadas são de soma ampliada, de modo a que as partes entendam que conseguiram um resultado melhor do que se o tivessem feito sozinhos.

O curioso é que nesse tipo de relação, não há dois lados, mas apenas um lado vencedor, o que ambos construíram e que, pois, os torna mais confiantes, motivados e comprometidos. Uma relação exige cuidados e muitas vezes eles incluem a abdicação voluntária do Eu para a melhor manutenção do Nós, que poderá ser o melhor a longo prazo. O benefício principal dessa abordagem é que, uma vez visualizados os seus efeitos, os indivíduos aceitam-na como melhor opção e sentem-se confiantes para continuar empregando-a, de modo a prolongar os benefícios.




Adriana Silva

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