terça-feira, 5 de abril de 2011

Aculturação


            Actualmente, a rápida troca de informações que permite o contacto entre diferentes culturas faz com que ocorram várias modificações nessas mesmas culturas que assim, são sujeitos ao fenómeno de aculturação. Isto porque, ao adquirirem novos hábitos culturais, as culturas vão ficando mais “ricas”. Contudo, simultaneamente, vai se dar o desaparecimento ou a substituição de outros traços culturais, o que poderá por em risco estas mesmas culturas (que hoje em dia se vêm ameaçadas pelas culturas economicamente mais fortes.)
Consequentemente, poderemos dividir esta dinâmica cultural em três factores:
 - A inculturação que diz respeito ao processo educativo que faz com que cada um de nós apreenda, ao longo da nossa vida, os elementos da cultura que todos os dias nos influência. Por outro lado, poderemos distinguir uma influência que se dá através de um processo contínuo e que se processa, essencialmente, pela imitação e pelo contacto com grupos espontâneos e não sociais, como é o caso da família e dos amigos (inculturação informal) da influência que se dá através de instituições sociais como a escola (inculturação formal.)
- A aculturação que acompanha e se sobrepõe à inculturação, na medida em que, diz respeito à aquisição de elementos culturais de culturas externas. Desta forma, a aculturação poderá ser entendida por um processo em que uma cultura, “absorve” outra cultura ou parte das suas características, dando origem a uma nova cultura que se caracteriza pelo facto de possuir aspectos da cultura inicial e da cultura absorvida. Assim como aconteceu com a cultura Brasileira, que foi resultado da junção da cultura Portuguesa e Africana juntamente com a cultura Indígena. Contudo, esta assimilação, integração e fusão de elementos, que hoje em dia e tão comum não é um ponto assente, na medida em que, a cultura receptora muitas vezes é selectiva face aos elementos culturais estrangeiros. Por outro lado, e se a força da aculturação se tornar opressiva e tirânica contra a selectividade natural do povo "aculturado", várias são as crises de mal-estar social que poderão vir a explodir e a originar movimentos religiosos ou crenças de salvação.

- E, por fim, temos a desculturação, que como o próprio nome indica é a perda ou a destruição do património cultural. Perda, esta, que poderá dizer respeito, apenas, a alguns elementos culturais ou à perda de uma cultura (por completo.)

Marta Ferreira Nº 17

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