sábado, 18 de dezembro de 2010

Relações precoces


“As caras que ela faz para o
Bebé, a maneira como utiliza a
Fala, não só naquilo que diz, mas
Nos sons que emite, os
Movimentos da cabeça e do
Corpo, as coisas que faz com as
 Mãos e dedos, a posição que
Toma em relação ao bebé, e o
Tempo e ritmo das suas reacções,
Tudo isto se torna diferente.”

Onde se criam os primeiros laços de afectividade?
Com quem se criam esses laços?

Os primeiros laços de afectividade têm origem na barriga da nossa progenitora, a nossa mãe… É ela que nos alimenta, que nos transporta dentro dela, é ela que nos acolhe desde o início da nossa aparição! Existe em nós uma necessidade primária de laços afectivos, a sensação de estarmos seguros, porque a outro estamos ligados, tem sido amplamente investigada nas ultimas décadas, e descrita como o alicerce para o desenvolvimento saudável. 

Umas das outras etapas e o desenvolvimento social que capacita o indivíduo para se relacionar afectiva e socialmente com os outros, estabelecem se interacções com os outros. A necessidade inata de estabelecer laços não é exclusivamente do ser humano. Sabemos hoje que muitas espécies demonstram comportamentos paternais e que as crias se encontram instintivamente programadas para seguir, tocar, chamar e esconder-se atrás das mães. Ligada ao conceito de vinculação, temos as figuras de vinculação, e temos como exemplo, a mãe o pai, irmãos mais velhos, avós e até mesmo educadoras… É sabido que as crianças estabelecem hierarquias de preferência entre estas figuras. A existência e diversidade de figuras de vinculação facilita a aprendizagem da criança por observação, constitui, portanto, um enriquecimento e um factor de segurança. No entanto, é necessário que haja qualidade da relação de vinculação, isto é, a relação deve ser contínua e as figuras de vinculação deverão estar disponíveis adaptando-se aos ritmos e necessidades afectivas da criança (carícias, compreensão, comunicação, companhia e atenção).

A relação de vinculação é uma construção progressiva: a aptidão inata é modelada no decorrer da interacção com o meio social. O comportamento (reacção observável) de vinculação destina-se a favorecer a proximidade e informa a mãe do desejo de interacção do bebé. Exemplos: (além desses: agarrar, gatinhar).
Maria Dias

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