domingo, 19 de dezembro de 2010

A psicanálise de Freud

Para se compreender o ser humano, segundo Freud, tem primeiro de se admitir a existência do inconsciente, que é uma zona do psiquismo constituída por desejos, pulsões, tendências e recordações recalcadas fundamentalmente de carácter sexual. Assim, o homem é dominado por motivações inconscientes (sexuais e agressivas) que se esforça por dominar. Freud conclui que muitos dos sintomas apresentados pelos seus pacientes eram manifestações de conflitos psíquicos relacionados com a sexualidade, sujeita à repressão. A maioria desses conflitos remetiam para experiências traumáticas vividas na infância e recalcadas no inconsciente.
O inconsciente exerce uma forte influência no comportamento. Ao consciente, onde armazenamos imagens, ideias, recordações e pensamentos é possível aceder através da introspecção. Os materiais do inconsciente, têm uma tendência para se tornar conscientes, no entanto há uma censura que impede este acesso, recalcando-os.

O recalcamento é um mecanismo de defesa que devolve ao inconsciente os materiais que procuravam tornar-se conscientes. O recalcamento ocorre para proteger o « eu » de desejos e recordações inaceitáveis.
Freud tinha então de encontrar uma forma de aceder e explorar o inconsciente. Assim, depois de ter abandonado a hipnose, aplica um método clínico adaptando um conjunto de técnicas que permitiam trazer ao consciente as causas desconhecidas dos problemas e dos conflitos dos pacientes. Essas técnicas, recorrentes do psicanalista, são por exemplo: associações livres, interpretação dos sonhos, análise da transferência e análise dos actos falhados.

Em conclusão, um ser humano é dominado, desde o nascimento, por pulsões, sobretudo de carácter sexual, vivendo conflitos intra-psíquicos que se manifestam no comportamento da nossa vida quotidiana.

Olga Lopes

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