É o desenvolvimento social que capacita o indivíduo para se relacionar afectiva e socialmente com os outros.
Aquando do seu nascimento, o ser humano caracteriza-se por um ser imaturo, uma vez que o recém-nascido irá depender por muito tempo dos adultos para se alimentar, para a sua higiene, entre outros.
Esta imaturidade e as necessidades daí recorrentes, implicam uma relação de proximidade entre os progenitores, que se distingue dos outros animais. Prematuro, necessita de cuidados indispensáveis para sobreviver física e psicologicamente.
Graças à sua dupla vertente, o ser humano é um ser biologicamente social, pois necessita dos outros para interagir e viver, mas também porque tem necessidades primárias.
Como o bebé não consegue comunicar devidamente, é através do seu comportamento, ou reacção observável, que este informa a mãe ou alguém próximo do seu desejo de interacção.
O bebé tem várias competências básicas como:
Choro: é um modo eficaz de chamar a atenção. Pode significar dor, fome, aborrecimento ou desconforto. Provoca imediatamente nos adultos reacções de preocupação, responsabilidade e culpa. Força os adultos a reagir e a tentar perceber qual a origem do choro.
Quando começa a perceber o efeito do seu choro nos adultos, e com um pouco mais de idade, o ser-humano chora para tentar obter o que quer.
Sorriso: aparece prematuramente. Das 6 às 12 semanas, o sorriso é produto da comunicação entre o bebé e a figura de vinculação. A partir dos 6 meses, é um acto social, dirigido a figuras preferenciais, pois o bebé não sorri a estranhos.
Vocalizações: funcionam como um estímulo para as vocalizações dos adultos, ou seja, o bebé “fala” para fazer com que os adultos falem também.
Expressões faciais: estas falam por si próprias. O bebé utiliza alguns dos seus encantos para prender a atenção das pessoas que lhe são mais próximas.
O bebé é um ser indefeso a nível físico, mas o choro, o riso e as vocalizações provam que a criança é um ser social desde muito cedo.
Por exprimir as suas vontades, o bebé é um sujeito activo.
Se lhe forem feitas as vontades, o bebé sente-se seguro e apoiado. Caso as suas vontades não sejam de certa forma acatadas, o bebé sente-se insatisfeito, desconfiado e começa a manifestar um comportamento de ansiedade e frustração, o que desencadeará consequências negativas no desenvolvimento psíquico da criança.
Os recém-nascidos estão dotados de mecanismos inatos que lhe permitem desenvolver laços, relacionar-se com o mundo envolvente e estabelecer vínculos.
Adriana Silva
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