Quem quer praticar a psicologia humana como uma ciência não pode perder de vista que o homem é um ser vivo e que, como todos os seres vivos, saiu de outros seres mais simples, segundo um processo de evolução natural. Se se quiser explicar, de maneira simples, as leis particulares e imensamente complexas que regulam o comportamento e a vida mental do homem, e reduzi-las às leis naturais mais próximas e mais imediatamente gerais, levanta-se o problema de saber quais são essas leis mais fundamentais. Este problema só pode ter uma resposta; estas leis são as que dominam em geral o comportamento dos seres vivos.
Konrad Lorenz, Ensaios sobre o Comportamento Animal e Humano
A formação dos hábitos depende não só da organização objectiva dos exercícios mas também do estado fisiológico e psicológico dos sujeitos. Este problema é hoje objecto de muitas investigações complexas e ainda pouco claras. Sabe-se que a capacidade para aprender sob todas as suas formas - aquisição de comportamentos ou conhecimentos - diminui com a idade. Esta noção do senso comum é confirmada pela observação experimental. A aptidão para aprender o labirinto aumenta no rato até à idade de 75 dias e depois vai decrescendo. Os animais muito velhos não adquirem já reflexos condicionados. Os jovens estão mais aptos para adquirir hábitos por ensaios e erros, não só por causa da sua mobilidade que multiplica a oportunidade de acidentes felizes, mas por causa do seu poder de modificar os seus hábitos e de formar novos à custa dos antigos.
Paul Guillaume, A Formação dos Hábitos
Wikipedia, John Watson
Wikipedia, B. F. Skinner
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